segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Moda de 1900 á 1913

Nos oito primeiros anos da década de 1900 a moda não mudou muito. Este período foi de opulência, onde as mulheres e os homens tinham que seguir à risca os padrões da moda, correndo o risco de serem excluídos pela sociedade caso não o fizessem. Naquela época uma etiqueta de Paris era sinal de que o dono da roupa era rico e tinha dinheiro suficiente para comprar algo tão caro e valorizado, o que não difere muito do que acontece nos dias de hoje, pois quem anda com uma etiqueta de grandes marcas como Chanel e Dolce e Gabbana elevam automaticamente seu status na sociedade.



As roupas serviam para mostrar o poder e nível social da pessoa, onde eram divididas de acordo com a posição, classe e idade de cada um. Cada membro da desta sociedade deveria seguir com rigor as tendências ditadas pela sociedade. O visual de moda na época era disseminado através de catálogos, cartões postais, revistas e cartões de cigarros, onde apareciam atrizes, condessas, uniformes de futebol e mulheres bonitas. Nestas figuras, as pessoas posavam para com suas melhores roupas, fazendo assim com que a sociedade se espelhasse em seus modelos e recriassem algo com a mesma classe para si própria.



Era muito difícil vestir-se na época, pois as roupas eram de difícil manuseio. As mulheres eram as que mais sofriam com isso e tinham uma criada para ajudá-las todos os dias. Para estarem de acordo com o resto da sociedade, todos deveriam ter um grande e lotado guarda-roupas, pois, a cada hora do dia, um tipo de roupas era aconselhável. Na maior parte do dia era usado o espartilho, que, independente do tamanho, era muito resistente e apertado ao corpo da mulher, para que este ficasse em forma de “S”.



Dentre as roupas e acessórios usados na época podemos citar: o espartilho, a meia-calça, os chapéus, os vestidos com e sem calda, as bengalas, os guarda-chuvas, as luvas e etc. No início do século, eram usadas vestimentas de cores amenas, mas, com a chegada dos Baletts Russos e a influência destes a Paul Poiret, elas ficaram mais alegres e foram instituídas mudanças que levariam à libertação da mulher. Outra a influenciar nesta libertação foi Lucile, que diferentemente de Poiret - que trazia o estilo oriental dos ballets em suas criações -, mostrava um estilo mais romântico.



Apesar do crescimento na indústria dos cosméticos, estes eram pouco utilizados na época, pois eram considerados vulgares. Neste período havia uma grande preocupação em mostrar a pele com aparência saudável. Sendo assim, as mulheres utilizavam de artifícios como: mordiscar as bochechas e a boca usavam folhas no rosto para esconder os pontos brilhantes e disfarçar manchas, pílulas purificadoras, e as mais modernas utilizavam pomadas pigmentadas para os lábios e rouges.

Quanto aos cabelos, estes eram considerados a “coroação gloriosa” da mulher. As mulheres com até 18 anos usavam os cabelos longos e soltos e, ao passar dessa idade, as mesmas tinham que fazerem penteados em algum dos estilos populares, longos e cheios. Nestes também eram usados ferros de frisar, cabelos postiços, perucas e tintas para colori-los.

Com relação às vestimentas das mulheres de classe média, eram compradas em lojas de departamento, à pronta entrega ou encomendadas. As mulheres mais pobres tinham que vestir roupas de cores mais escuras, e como não tinham dinheiro para mandar fazer suas próprias roupas se contentavam em possuir roupas usadas dadas por outras pessoas.

Para terminar, a vestimenta masculina não sofreu tantas mudanças quanto à feminina. A mesma era caracterizada pela ênfase à descrição e tradição, além possuir cores mais sutis.
Só no início da Primeira Guerra Mundial que os valores desta época com relação à moda realmente mudaram, pois, houve a escassez de tecidos e a necessidade de roupas mais leves e confortáveis para que até mesmo as mulheres começassem a trabalhar para “sustentar” a guerra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário