O blog surgiu como parte do processo de reflexão sobre a história da
moda e possíveis conexão do passado com o presente.
Tudo isto acontece dentro da disciplina de História da Moda séculos
XIX - XX e contemporaneidade.
A disciplina é ministrada pelo professor Quéfren Crillanovick na
Universidade Federal de Goiás.
Este trabalho consiste na criação de um ensaio fotográfico baseado nos anos 50.Pegamos referências dessa época em filmes como: "Grease - Nos tempos da brilhantina"(que derivou o nome do ensaio), atrizes como: Brigitte Bardot e Audrey Hepburn.Utilizando dessas referências criamos um editorial de moda, com releituras do que era a moda naquela época.
Esse período de meados ao fim da década de 70 foi caracterizado por grandes problemas como declínio econômico, crises políticas e fragmentação social. Por outro lado esse período foi considerado otimista. Desses climas completamente diferentes, surgiram modas distintas.
O início foi um período de conservadorismo cultural, tudo que era velho e tradicional era considerado digno.
Muitas das coleções de moda internacionais criavam estilos clássicos e retrôs. Os aspectos negativos do período, também serviram de inspiração de forma contrária para o desenvolvimento de culturas radicais, como o punk.
O punk surgiu em Londres, em 1976, manifestado por grupos de jovens desempregados e estudantes geralmente de arte, voltados para a butique de Vivienne Westwood e Malcolm Mclaren na King’s Road. Os punks procuravam chocar com seus visuais negros e ameaçadores, contrastando com os trajes naturalistas e coloridos dos hippies. Eles usavam calças pretas e justas, com suéteres de mohair, jaquetas de couro personalizadas com tinta, tachas, correntes de metal e botas Doctor Marten.
A medida que a década passava, a reação do público aos punks mudava, características do estilo começaram a ser comercializadas, e acabaram filtrando na moda de massa e até na alta moda. Em 1977, Zandra Rhodes criou uma coleção “Chic Conceitual” com características do estilo punk.
Esse estilo deu um ar revigorante para a moda britânica e trouxe a Londres o título de inovadora do estilo jovem.
No fim da década de 70 a moda produziu três tendências, nos EUA os estilistas criaram trajes para o dia, roupas de lazer e esportivas; na Europa, trajes de noite bem glamurosos “x” modas escapistas com inspiração em estilos étnicos, rústicos e retro; em Paris, os estilistas japoneses voltavam para a sobreposição de camadas, roupas folgadas e desestruturadas.
Na década de 1980 as modas se tornaram mais caras e ostensivas, reflexo de uma época obcecada pelo dinheiro e pela boa imagem. Transmitir a riqueza através de roupas e acessórios de grifes era considerado “chique”.
A procura por roupas masculinas cresceu e os estilistas – entre eles Thierry Mugler e Kenzo - começaram a incluir roupas masculinas em suas coleções, uma expansão que foi paralela ao desenvolvimento da imprensa masculina especializada. As mulheres mergulharam no mercado de trabalho de forma intensa, e o power suit, com ombreiras, se tornou um símbolo de autoridade.
Londres se tornou novamente cenário da cena club e do estilo jovem em 1980, com estilistas dinâmicos e inovadores. Os têxteis, as roupas estampadas e a malha foram fortes nas coleções londrinas.
Muitos estilistas britânicos eram atraídos para a fantasia e o escapismo, outros entravam em conflito com questões contemporâneas. Um dos exemplos foi Georgina Godley que teve uma postura política, que produziu roupas que desafiavam os ideais de beleza feminina.
A moda recebeu inspiração da família real britânica em 1980. Antes de seu casamento com Charles, príncipe de Gales, Lady Diana tendia para o estilo conhecido como “sloane ranger” ou “Peter York”, esse termo descrevia a aparência de jovens muitas vezes com titulo de nobreza. Diana influenciou a corrente principal da moda buscando um círculo grande de estilistas para encomendar roupas de trabalho, viagens e ocasiões de destaque.
As economias em ascensão na década de 1980 lutavam para assegurar a sobrevivência da alta-costura, embora os clientes fossem poucos.O negócio foi impulsionado por americanas ricas, pela expansão do mercado japonês e pelos árabes ricos pelo petróleo. As cinco casas dominantes nessa época em Paris eram Christian Dior, Chanel, Yves Saint Laurent, Ungaro e Givenchy.
Uma geração de estilistas japoneses tornou-se peça importante internacionalmente durante a década de 1980. De um lado, estilistas da vanguarda japonesa cresciam e desafiavam a moda, por outro, as casas de Paris continuavam a se especializar na alfaiataria clássica e em vestidos de noite. No ínicio da década de 1980, novos estilistas franceses tinham começado a desafiar o chic parisiense.
Em 1983, Karl Lagerfeld foi nomeado como consultor de design da Casa Chanel, rompendo com a imagem obsoleta que durante doze anos seguintes predominava, retrabalhando os modelos de Chanel com uma linguagem contemporânea.
Enquanto Armani e Versace criavam para pessoas sofisticadas, Franco Mocaschino, um novo talento, começava a criar roupas que zombavam da alta moda na Itália.
Nomes de Nova York e Califórnia incentivaram estilistas que estavam “livres” das ordens de grandes corporações e podiam ter uma liberdade para técnicas de artesanato com mão-de-obra intensiva.
O crash do mercado de ações em 19 de outubro de 1987, fez com que ocasionasse uma queda no comércio de moda, atingindo significavelmente no design de moda.