terça-feira, 9 de novembro de 2010

Moda de 1968 a 1975.




A moda, com o advento da juventude, passou a ser cada vez mais diversificada e, em 1970, ela se dividia entre roupas clássicas e trajes de fantasia. No vestuário feminino, houve a substituição da silhueta rígida, triangular, da minissaia pelas linhas longas e esbeltas e a crescente utilização de calças.
Milão e Nova York continuam a se afirmar como capitais da moda. Em 1973, uma crise econômica causada pelo preço do aumento do petróleo, afetou a indústria mundial. Os anos 70 também foram marcados por ataques terroristas, pela Guerra do Vietnã, pela discriminação racial e pelos protestos estudantis, que serviram de inspiração para a moda.
Nessa época, o movimento feminista ganhou força e suas integrantes possuíam um estilo adulto e hippie. Foi na década de 70 que o famoso musical Hair foi lançado, impulsionando o crescimento do movimento ecológico, ao retratar os hippies. A moda também foi afetada pela “vibe” do musical, e peças artesanais, como tricô e crochê, viraram tendência. Os estilistas passaram a procurar, cada vez mais, inspirações em países exóticos.


Com o crescimento do prêt-à-porter, os estilistas foram obrigados a adaptarem-se a ele. Yves Saint Laurent foi um nome que marcou essa época, assim como seu grande rival, Pierre Cardin.

Em Paris, houve o surgimento do “Créateurs de mode de prêt-à-porter”, grupo de estilistas, como Sonia Rykiel, que criavam estilos jovens para suas grifes. Em meados da década de 70, a indústria italiana, marcada por roupas excessivamente glamourosas, começou a prosperar, ameaçando o poder de Paris. Os nomes de Giorgio Armani e Gianni Versace se juntam aos de Valentino e Mila Schön.

Nos Estados Unidos, Nova York continua a ser o centro da moda, com estilistas como Calvin Klein, Geoffrey Beene, Halston e Ralph Lauren. No fim da década de 60, o blue jeans havia se tornado praticamente um uniforme para adolescentes e os estilistas mais aventureiros logo introduziram jeans em suas coleções.

Algumas peças que marcaram a época foram o jeans com cintura baixa, de boca larga ou não e as plataformas hiper altas, que impediam que as barras dos vestidos longos tocassem o chão. Para os homens, a boca de sino era um componente essencial. A moda masculina recebeu uma forte influência da cena pop, principalmente de ícones como Mick Jagger, Gary Glitter e David Bowie.

Em meados da década de 70 a boca de sino e as jaquetas acinturadas saíram de moda. O novo padrão de beleza era manter o corpo em forma, estabelecendo assim a febre da academia, impulsionando a venda de roupas de ginástica, principalmente as feitas de lycra.

Modelos negras começaram a aparecer no cenário da moda, impulsionadas pelo movimento “Black is Beautiful”. Alguns nomes marcantes foram Beverly Johnson, Princesa Elizabeth de Torso e Mounia Orhozemane.

Na década de 70, as butiques londrinas Biba, Mr. Freedom e Laura Ashley passaram a vender roupas acessíveis. Na Biba, eram encontradas roupas para toda a família. A loja Laura Ashley vendia o estilo inocente, a vida campestre, passados através dos vestidos de algodão estampados. Este visual persistiu por 15 anos, até a chegada do novo punk.