segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Antagonismo / Crítica de moda



O antagonismo, antes muito presente na moda, está cada vez mais escasso. Até alguns anos, as diferenças entre os trajes masculino e feminino eram gritantes. Atualmente, é praticamente impossível notar essa diferença. Elementos do guarda-roupa masculino migraram para o feminino e vice-versa. Calças boyfriend (difundidas pela atriz Katie Holmes e pela ex spice girl Victoria Beckham), blazers, sapatos Oxford e coletes são exemplos de algumas peças do vestuário masculino que estão cada vez mais presentes no feminino. Por sua vez, bolsas, calças skinny e camisetas decotadas são algumas peças do vestuário feminino que migraram para o guarda-roupa masculino.
A mudança de vida, a inversão de papéis, os antigos valores e os que estão se formando, tudo isso reflete no vestuário. Basta observar a sociedade, o que ocorre na época, que conseguimos analisar alguns detalhes na vestimenta.
Além de se discutir sobre o antagonismo na história da moda e analisarmos as diferenças do passado e presente, também discutimos sobre as possibilidades de existir uma crítica genuína em moda. Através do vídeo apresentado em sala, pode ser observada a carência em crítica construtiva no universo da moda. A falta de aceitação de uma crítica que aponta falhas é decorrente de vários aspectos dentre eles falta de conhecimento e competência para a distinção de falhas e qualidades. A aceitação de críticas leva a um crescimento para a coleção apresentada, e uma indicativa de onde não errar na próxima coleção.
Uma das colocações mais interessantes foi a diferença de opinião entre um teórico de moda para um crítico de moda. O teórico de moda fala sobre fatos históricos, levantando pesquisas, traçando uma linha entre passado e presente. Já o crítico de moda vai ser responsável pelos juízos de valores: o que é bonito, o que é feio, o que está bom e o que está ruim. Uma boa crítica deve estar apoiada em razões concretas, interpretação, descrição, comparação e contextualização.

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